Monday, January 16, 2006


TRISTE TIGRE

Sem ti eu muito me intrigo
Fico sem trigo e sem pão
Fico um tempão ressentido
Tido sem asa e sem chão.

Fico sem cor, sem ação...
Quando sem ti sou sentido
Me entrego a um sentimentão
Que me põe tão sem sentido!

Sem ti eu perco a destreza
Feito um felino falido
Preso, sem pressa, sem presa...
Girando em torno do umbigo.

Sentigo até tristetigro,
Estreito, embrego, redundo
O mundo de mal comigo
E eu brigo com todo mundo!

Altair de Oliveira – In: O Lento Alento


Do poema postado acima eu não tenho muito o que falar. Mas penso que é uma pequena tentativa de dizer as coisas de uma forma simples, além das ínfimas homenagens aos poemas “A Pantera” e “Tigre” (de grandes mestres meus) há ainda um pecadinho maior na conjugação do verbo tristetigrar: para pintar um cara entrigrecido, traçado de listras pretas pela tristeza. Tratar tristezas sem entristecer, é isso!

5 Comments:

Anonymous Anonymous said...

oi, altair, vim pra dizer que adoro tigres...meu sonho impossível é abraçar um deles...rss v~e se pode?? um beijo

8:29 PM  
Anonymous Anonymous said...

oi, para registrar que estive aqui.
parabéns pelos poemas!!!!

3:25 PM  
Anonymous Anonymous said...

oi, sempre voltou aqui pra te visitar...queremos mais tigres, pessoas, etc, etc.. tudo é bom no seu blog. um beijo

3:01 PM  
Anonymous Anonymous said...

Altair, poeta de todas as palavras e de todas as cores e de todas as formas. Gosto de você, admiro sua obra, a harmonia de seus sons e a cumplicidade que tem com os versos.
Beijos

2:32 PM  
Anonymous Anonymous said...

Esse poema do tigre se parece muito cont(r)igo. Pôe mais poesmas teus aqui.

5:09 PM  

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