Um Poema de NELSON ASCHER!
GATOS NÃO MORREM
Gatos jamais morrem de fato:
suas almas saem de fininho
atrás de alguma alma de rato.
suas almas saem de fininho
atrás de alguma alma de rato.
Gatos não morrem: sua fictícia
morte não passa de uma forma
mais refinada de preguiça.
morte não passa de uma forma
mais refinada de preguiça.
Gatos não morrem: rumo a um nível
mais alto é que eles, galho a galho,
sobem numa árvore invisível.
mais alto é que eles, galho a galho,
sobem numa árvore invisível.
Gatos não morrem: mais preciso
— se somem — é dizer que foram
rasgar sofás no paraíso
— se somem — é dizer que foram
rasgar sofás no paraíso
e dormirão lá, depois do ônus
de sete bem vividas vidas,
seus sete merecidos sonos.
de sete bem vividas vidas,
seus sete merecidos sonos.
Poema de Neslson Ascher, In: "Parte Alguma".
Labels: altair de oliveira, Nelson Ascher, O lento alento, Parte Alguma
3 Comments:
Muuuuiiiito fofo esse poema!! Adorei!!!
Cheio de “verdades” deliciosas de se acreditar, né?!
E esse poema de gravura!?! Casou super bem com o cenário do poema!!
Ah, e esse gatinho aí............... sou eu!!!! :)
Bem bacana! N.A. é mais um bobão que gosta de gato! Como eu...
Legal demais. Já tive muitos gatos. Hoje a bronquite não deixa mais... fazer o quê, né?
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